sábado, 29 de dezembro de 2007

Ela acenava com o braço direito como se alguém a olhasse de longe. Mexia com ligeireza, de forma estranha, como se quisesse chamar a atenção de alguém que não a notava. Sorriu.
Por um instante pensei que ela continuaria a caminhar como fazia antes de reconhecer aquele indivíduo que fizera tanta questão em cumprimentar, mas ao contrário, enrugou a testa, franziu levemente as sobrancelhas, expirou forte, porém disfarçadamente, e deu um pulinho bastante sutil, agora com os dois braços erguidos e passou a movimentá-los em direções opostas. Não havia quem não a olhasse naquele momento. Estava engraçada, estava bastante engraçada.
Resolveu gritar.
"-Ei!"
Mexeu um pouco mais ou braços e gritou mais algumas vezes. Não sei quantas, só lembro que ela gritou. Talvez duas ou três. Gritou cada vez mais alto, insistentemente como alguém que já está quase desistindo de seu intento.
Abaixou os braços rudemente de forma que as mãos, ao caírem, lhe estapeassem as pernas. Olhou para os dois lados, abaixou a cabeça e se foi.
Também não me lembro se para a direita ou para a esquerda, só lembro que ela se foi.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Jingle bells, jingle bells...

...acabou o Natal!
hahahaha... E ninguém nem se deu conta disso!

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Ela.

Acorda todos os dias tarde como se não tivesse obrigações e afazeres.
Levanta cansada porque cansou-se de tanto dormir.
Já não quer mais sair, nem vestir, nem calçar.
Mas sonha, sonha...
Sonha todos os dias!

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007


Ouço repetidas vezes a mesma música, já não sei mais em quê pensar.

Faltam apenas algumas semanas para as festas de fim de ano e menos de uma semana pra minha vida mudar por completo. Eu não sinto medo, eu não sinto mais as borboletas voando em meu ventre.

Talvez a minha vida tenha perdido a melodia, as cores, e talvez o "ato só de poetar" tenha se tornado apenas uma lembrança, uma tentativa.

Eu tentei evitar algumas coisas, tentei conter algumas palavras e expressões, mas outras foram insustentáveis e teimosas, me escapuliram por entre os lábios e num impulso meio vazio, quase que me estragou a vida toda.

Eu vivo momentos distintos, opostos, ao mesmo tempo. Eu sinto várias sensações de uma única vez, eu penso um milhão de coisas em um único segundo, e eu sempre perco a noção.

Quem sabe as férias solucione parte dos meus problemas. Quem sabe ela não os piore. Quem sabe amanhã eu já não sinta mais nada, não pense em mais nada, não viva mais nada...

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Por que só a Bessie me entende?

Ora, pra quê tanto sentimentalismo?
Fale a verdade, tenho nervos de aço!
Odeio palhaçadas e brincadeiras de mal gosto.
Diz que me conhece, mas como se nem eu sou capaz disso!?
O quê?
Não... amanhã será tarde demais e eu já vou ter esquecido tudo o que eu tenho pra falar.
Desculpe, mas eu não gosto de fingimentos... Tampouco sei mentir.
Pode parar de me ver, fingir não me olhar. Tudo bem se você me fizer acreditar que eu não mais te incomodo.
Sinta-se à vontade.

Vem cá Bessie, vamos chorar ali no canto.