segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

"Todo dia ela faz tudo sempre igual..."

Sem pressa, sem ânimo, sem consciência de que essa vida cíclica é um fardo que nós, humanos, carregamos desde o primeiro minuto de vida.
Por mais amargo que seja, todo dissabor costuma ser um tanto enriquecedor para esse teatro que demos o nome de "vida", afinal, só se aprende a viver, vivendo. E toda experiência é válida para servir de entretenimento e motivo para boas risadas num futuro próximo (ou longínquo) - desde que haja olhos atentos e ouvidos abertos para compreender a narração saudosa de um capítulo real gravado na memória.
E é doce o sentimentalismo, esse invólucro superficial que ocupa a lembrança. Porque só se lembra daquilo que merece, que teve importância, que adquiriu valor, que significou. E ainda que tenha sido doloroso, a memória é geralmente resgatada acompanhada do sentimento de saudade, se não do fato vivido, ao menos do tempo que passou e que não mais voltará. Se não das palavras ditas, ao menos dos dias de juventude que rapidamente passaram, intensamente marcaram e muito definiu.
E fazendo tudo igual, pensando de maneira sempre parecida, sabemos que o pouco que mudou é sempre o vestígio de que caminhamos progressivamente, e a felicidade, ah... não buscamos, não caminhamos em busca dela... A felicidade não é o objetivo, ela é o nosso estado de espírito, como caminhamos e vemos a vida!

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